9 de junho – Dia Nacional da Imunização
As vacinas são ferramentas importantíssimas para a promoção da saúde em todas as faixas etárias.
Os benefícios da vacinação são inquestionáveis. Ela erradicou de vez a varíola do planeta, eliminou e controlou muitas doenças terríveis que causavam mortes, sequelas e sofrimento como por exemplo a poliomielite, o sarampo, a rubéola, a síndrome da rubéola congênita, o tétano neonatal, a difteria e assim por diante.
Apesar disso, o Brasil vem enfrentando dificuldades com as coberturas vacinais que já estão em queda progressiva desde 2016.
A hesitação vacinal, que é o atraso em aceitar ou a recusa das vacinas recomendadas e disponíveis gratuitamente nos serviços de saúde, é uma preocupação crescente tanto em nível nacional quanto internacional.
Muitos são os fatores envolvidos na queda do número de vacinados:
1) A falta de percepção de risco
Antigamente, quando as pessoas viviam com medo da meningite, poliomielite e outras doenças graves que matavam e deixavam sequelas, a cobertura vacinal no Brasil era altíssima. Graças ao sucesso da vacinação as pessoas esquecem das doenças e não percebem o quanto é importante manter a vacinação em dia para que essas doenças permaneçam controladas ou eliminadas.
2) Questões estruturais
Tais como horário de funcionamento dos postos de vacinação, problemas na distribuição de imunizantes (causando faltas temporárias de vacinas), entre outros.
3) Desinformação (fake news)
A desinformação têm se mostrado um grande inimigo da ciência e da saúde pública ao induzir as pessoas ao erro de não vacinar suas famílias.
Numa pesquisa feita pelas Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) com o Instituto Questão de Ciência (IQC) os resultados preliminares mostram que nas entrevistas de aproximadamente mil pediatras que perguntaram para os pais por que não vacinaram seus filhos contra covid a resposta mais frequente foi o medo da vacinação, dos eventos adversos e de que as vacinas não são seguras.
Dos pais entrevistados, 31% disseram que se informavam sobre vacinas nas redes sociais, ou seja, pais influenciados por fontes inseguras de informação sobre as vacinas.
Conclusão
São múltiplos os desafios pra retomada das coberturas vacinais mas essa batalha tem que ser ganha pela ciência.
Não se pode permitir que o Brasil volte a ter crianças paralíticas usando pernas mecânicas, pulmões de aço ou morrendo de doenças que são imunopreviníveis como por exemplo sarampo, meningite, pneumonias, rotavírus, isso sem falar das sequelas trazidas por estas enfermidades.
Neste dia 9 de junho, Dia Nacional da Imunização, lembramos que é preciso que a população compreenda e volte a vacinar os seus filhos e também os adultos e idosos porque as vacinas são avanços preciosos da ciência para a prevenção de doenças e na promoção de saúde para todas as idades.