7 fatos pouco conhecidos sobre a vacina de HPV
O Blog VivaBem, do UOL, publicou matéria sobre a apresentação da Dra. Mônica Levi na 25ª Jornada Nacional de Imunizações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), realizada em Florianópolis, Santa Catarina, com uma lista de 7 fatos sobre a vacina contra o HPV:
1) A vacina é fundamental para eles e para elas
No Brasil, a situação dos garotos está ruim. Apenas 42% dos meninos entre 9 e 14 anos tomaram a primeira dose da vacina contra o HPV e só 27% receberam a segunda dose seis meses depois.
“Antes, achávamos que imunizar os meninos era um caminho para proteger as meninas, evitando que eles passassem o HPV para elas”, diz a doutora Mônica Levi. “Hoje, sabemos que ambos correm perigo”, explica.
2) Quanto mais cedo ocorrer a vacinação, melhor
Estudo na Suécia que acompanhou 1,6 milhão de meninas e mulheres de 10 a 30 anos de idade, entre 2006 e 2017, aponta que “Nenhuma das que se vacinaram entre 9 a 14 anos de idade apresentou câncer ou lesão sugestiva de que poderia virar maligna”, esclareceu Dra. Mônica Levi.
3) Adultos também deveriam se proteger contra o HPV
Em bula, a vacina quadrivalente, que protege contra quatro tipos de HPV, o 6, o 11, o 16 e o 18, pode ser aplicada, em três doses, em homens até os 26 anos e em mulheres, até os 45 anos.
Já a nonavalente — que protege contra esses mesmos quatro tipos e outros cinco — é aplicada até os 45 em ambos os sexos, também em três doses.
“A rigor, não existe evidência de que deixem de ser seguras para pessoas mais velhas e, provavelmente, com a vida sexual estendida nos tempos atuais, logo passem a ser investigadas para quem tem mais de 50 anos”, disse a Dra. Mônica Levi.
4) A vacina não trata infecções já ocorridas
O sistema imunológico é o responsável por responder a uma infecção já instalada. Ainda assim, a vacinação está recomendada: “Primeiro, porque você pode ter sido infectado por um tipo de HPV e, depois, pegar outro. Além disso, a pessoa imunizada têm menor probabilidade de recidiva após tratar a lesão”, explica a Dra. Mônica.
5) Quem faz químio ou radioterapia deve se proteger contra o HPV, assim como transplantados e vítimas de violência sexual.
O HPV pode aproveitar uma brecha na imunidade mais baixa durante esses tratamentos e até por causa do câncer em si. A vacina está recomendada para estes pacientes até os 45 anos de idade.
Transplantados e pessoas que vivem com HIV, também pelos mesmos motivos de defesas mais vulneráveis, devem se vacinar.
Além disso, desde agosto deste ano, quem está na faixa dos 9 aos 45 anos e sofreu violência sexual faz parte do grupo prioritário para imunização contra o HPV, se não se vacinou antes ou não completou o esquema de doses.
6) A vacina nonavalente reduz em até 20% a incidência de câncer de útero e de vagina.
A vacina nonavalente oferece uma proteção a mais contra tumores malignos. Além de reduzir a incidência de câncer de útero e vagina, “a redução na incidência de câncer de ânus é até 10% maior e a de câncer de orofaringe, 7% maior”, diz a Dra. Mônica Levi.
7) Testes de vacinação em dose única estão sendo realizados por sugestão da OMS.
A vacinação em dose única pode favorecer logisticamente a distribuição da vacina HPV, em resposta ao teste sugerido pela OMS para que 90% das meninas estejam vacinadas até 2030. Países como o Reino Unido, em que os testes são realizados, ocorre a avaliação da eficácia da vacinação em dose única.
“Que a dose única protege a curto prazo, não há a menor dúvida”, conta a Dra. Mônica. “Mas queremos que a imunização dure algumas décadas ou, se possível, a vida toda”.
Veja a matéria completa no Blog Viva Bem, da jornalista Lúcia Helena, no UOL.
Com informações do UOL