Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) publica Nota de Esclarecimento sobre vacina influenza
CEDIPI Compartilha – A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) publicou uma nota de esclarecimento sobre as novas recomendações de uso da vacina influenza.
Leia a nota na íntegra:
Nota de Esclarecimento SBIm - Mudanças nas recomendações de uso das vacinas influenza apresentadas nos Calendários de Vacinação SBIm 2022/2023
É de conhecimento geral que há grupos de indivíduos com risco elevado de complicações após a infecção pelo vírus influenza, incluindo síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e óbito. Destacam-se entre eles os idosos e as pessoas com comprometimento do sistema imunológico, seja por doenças ou pelo uso de drogas imunossupressoras.
A vacinação anual contra Influenza reduz o impacto da doença, tanto no que diz respeito aos casos graves quanto às mortes. No entanto, sabe-se que a duração da proteção é relativamente curta, com perda proporcional ao tempo transcorrido desde a vacinação.
Em idosos e imunocomprometidos, a queda é mais acentuada: diversos estudos mostram que a eficácia pode estar ausente, em média, seis meses após a vacinação.
Diante do cenário, é preciso pensar em intervenções para melhorar a proteção contra a gripe, com novas vacinas que possam ser mais imunogênicas e/ou com maior duração da proteção.
Na indisponibilidade dessas vacinas – algumas em estudo e outras ainda não chegaram ao Brasil – a SBIm sugere considerar uma segunda dose da vacina no mesmo ano para os grupos de maior risco anteriormente citados caso haja circulação de influenza fora de época – a exemplo do surto de Influenza A H3N2 Darwin em novembro e dezembro de 2021 – e o vírus em questão coincida com algum dos presentes na composição da vacina.
Conclusão
Baseando-se em dados robustos que comprovam:
• Redução da proteção com o transcorrer do tempo após vacinação;
• Evidência de aumento dos anticorpos após a segunda dose (imunogenicidade);
• Risco aumentado de idosos e imunocomprometidos de desenvolverem formas graves da doença;
A Comissão Técnica para Revisão dos Calendários Vacinais da SBIm, após cuidadosa discussão, decidiu considerar uma segunda dose para idosos e imunocomprometidos somente em situação epidemiológica de risco e se a composição da vacina disponível for concordante com o vírus em circulação.
Com informações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).