Chikungunya: Estudos para uma nova vacina avançam com resultados promissores
A Chikungunya é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Foi primeiramente descrita em 1952, na Tanzânia, mas hoje já foi encontrada em mais de 100 países na Ásia, África, Europa, e mais recentemente nas Américas.
Nos últimos 15 anos já foram diagnosticados mais de 15 milhões de casos, sendo por isso considerada uma ameaça mundial em termos de saúde pública.
Manifestações da doença aparecem 4 a 7 dias após a infecção, com febre, dores articulares e erupção maculopapular. Embora apresente baixa mortalidade, somente 0,3 – 1/1000, o quadro articular pode ser persistente ou recorrente, com possíveis consequências para a mobilidade do paciente.
No Brasil tivemos neste ano de 2023 expressivo aumento no número de casos, em quase 2 mil municípios, com 17 óbitos confirmados.
Fica clara a importância da obtenção de vacina que proteja contra a doença. E agora temos as primeiras boas notícias nesse sentido. A farmacêutica francesa Valneva produziu uma vacina de vírus vivo atenuado, a VLA1553, que embora ainda em período de investigação, tem apresentado resultados muito promissores.
Os resultados da pesquisa realizada em 43 centros dos Estados Unidos da América, incluindo 4115 participantes (3082 no grupo vacina e 1033 no grupo placebo), que receberam uma única dose de imunizante por via intramuscular na região deltoidiana, são animadores.
A tolerância e a segurança da vacina foram consideradas boas em todas as faixas etárias participantes do estudo. Ocorreu forte resposta imunológica, com a produção de anticorpos neutralizantes em 98,9% dos vacinados testados (266). Seis meses após a imunização, ainda se encontravam níveis protetores de anticorpos em 96%.
Após análise desses resultados, espera-se que num futuro próximo essa vacina possa ser aprovada pelas agências reguladoras internacionais.